O governador em exercício, Gabriel Souza, o prefeito Sebastião Melo, o secretário Estadual de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Carlos Gomes, entre outras autoridades, inspecionaram, na manhã desta segunda-feira (13), as 80 residências temporárias construídas no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, para abrigar famílias afetadas pelas enchentes de maio. Cobertas com argamassa e fibra de vidro, as casas têm cerca de 30 metros quadrados cada, e possuirão mobília, banheiro e eletrodomésticos.
As casas fazem parte de um pacote de 500 do governo do Estado – 330 já entregues em municípios como Arroio do Meio, Encantado, Cruzeiro do Sul, Estrela, Triunfo, Rio Pardo e São Jerônimo. O investimento governamental nas moradias é de R$ 11 milhões. A ideia é que passem a ocupar as casas as famílias que ainda estão nos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) e que ainda não obtiveram benefícios do governo federal. “Ainda teremos mais algumas semanas de construção aqui e, certamente, ao final deste trimestre, já vamos ter condições provavelmente de transportar as famílias para cá”, comentou o governador em exercício.
Na sequência, elas serão encaminhadas para moradias definitivas, cujos locais, no caso de Porto Alegre, ainda estão sendo definidas pela prefeitura, e que terão 44 metros quadrados cada. “A enchente passou, agora é uma questão de resolver o problema das pessoas com uma série de políticas públicas, e posteriormente elas vão certamente conseguir, a partir disto, ter uma vida digna”, acrescentou.
A canalização de água já foi concluída pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), e agora a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) fará a pavimentação e instalação de pisos no local. Atualmente, o governo do Estado tem um contrato com a Fecomércio-RS, que realiza o financiamento do CHA em Canoas, válido até junho, mas que foi prorrogado por mais seis meses. A gestão dos espaços é feita pela Agência da ONU para as Migrações (OIM).
“Está na hora de começar a encerrá-los gradualmente, com calma, e por isso uma política que se apresenta são as casas temporárias, e paralelamente com as definitivas, que dependerão dos terrenos que o município puder identificar. Quanto mais rápidas estiverem as questões preliminares para a instalação das casas, mais rapidamente elas serão concluídas”, reforçou o governador em exercício.
Segundo Melo, o local terá também cercamento, e o processo atual é uma parte da resolução do problema. “Temos que resolver algo muito maior, porque nosso compromisso é fazer os laudos, mandar para Brasília e o governo federal fazer as casas definitivas. Precisamos agilizar isto, porque a população tem pressa”, disse o prefeito.
Fonte: Correio do Povo
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