O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez de forma pública, nesta quarta-feira (24), sobre a operação da Polícia Federal (PF) contra empresários acusados de defender um golpe de Estado no país caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição para o Palácio do Planalto.
"Cadê aquela turminha da carta pela democracia?" ironizou o candidato à reeleição, em encontro com lideranças religiosas na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). "Eu pergunto a vocês: o que aconteceu com os empresários agora? Oito empresários. Dois eu tenho contato com eles: Luciano Hang, dono da Havan, e Meyer Nigri, dono da Tecnisa. Cadê aquela turminha da carta pela democracia? Acreditando que eles são democratas e nós não somos", emendou, em referência aos manifestos pela democracia organizados pela sociedade civil após o chefe do Executivo reunir embaixadores no Palácio da Alvorada e proferir novos ataques às urnas eletrônicas.
Na terça-feira (23), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários que apoiam Bolsonaro. A operação ocorreu um dia após o candidato dizer, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que o conflito com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estaria "superado". Integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes foi quem autorizou a operação.
Os alvos da operação foram os empresários Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Fonte: GZH
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