Em mais uma noite decepcionante da Seleção Brasileira, a equipe jogou mal e foi derrotada para o Uruguai por 2 a 0. Os gols uruguaios foram marcados por Darwin Núñez e Nicolás De La Cruz, em uma das poucas oportunidades criadas pela Celeste. Para piorar, Neymar deixou a partida com a suspeita de uma torção grave no joelho esquerdo.
O resultado encerrou um tabu de 22 anos em que o Brasil não perdia para o Uruguai, além da sequência de mais de 10 anos sem ser derrotado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Com sete pontos e saldo inferior ao Uruguai, a Seleção perdeu uma posição, terminando a quarta rodada na terceira posição.
Em Montevidéu, aquele mais distraído percebeu que Uruguai e Brasil estavam em campo apenas nos minutos finais do primeiro tempo. O mais atento prestou atenção no duelo tático entre Marcelo Bielsa e Fernando Diniz. O comandante uruguaio organizava seu time para pressionar alto, marcar de forma agressiva e atacar em velocidade, enquanto o brasileiro apostava em troca de posições do meio para frente e tabelas.
Porém, embora ambos os times tenham esboçado algumas jogadas, o que mais houve foram faltas duras e cartões amarelos, principalmente para o time da casa. Nada de efetivo tinha sido produzido até os 41 minutos, quando o Uruguai abriu o placar com Darwin Núñez.
O centroavante venceu uma disputa de cabeça no meio-campo e correu para a área. Pela esquerda, Maxi Araújo partiu em velocidade e deixou Marquinhos no meio do caminho, encontrando espaço para servir Darwin, que se agachou para concluir o cruzamento e, na primeira finalização do jogo, fazer 1 a 0 para a Celeste.
Para piorar as coisas para a Seleção Brasileira, Neymar teve uma entorse no joelho três minutos depois e, chorando, teve de ser substituído por Richarlison. O lance preocupou a todos, inclusive os jogadores uruguaios.
O gol e a lesão do camisa 10 levaram a tensão para o lado brasileiro. No retorno do intervalo, Diniz posicionou Jesus na ponta direita e Rodrygo pelo centro, por trás de Richarlison, abrindo mão do jogo curto e arriscando mais cruzamentos para a área. Mais tranquilo no jogo, o Uruguai passou a arriscar de longa distância e levou perigo nos primeiros 10 minutos com chutes de De La Cruz e Valverde, mas que foram para fora.
A Seleção Brasileira foi, de fato, aparecer no ataque aos 23 minutos, quando Rodrygo cobrou falta, Rochet demorou para saltar na bola, mas ela explodiu no travessão e saiu. De imediato, percebendo a má fase de seu ataque, Fernando Diniz chamou David Neres e Guilherme Arana para entrar no jogo, saindo Yan Couto e Carlos Augusto.
O modo ataque total de Diniz, porém, saiu pela culatra. Logo na sequência, aos 31 minutos, Bruno Méndez cobrou lateral na área, Darwin Núñez deixou Gabriel Magalhães no chão com um drible de letra, se livrou de Marquinhos e serviu De La Cruz, que apareceu na pequena área para fazer o segundo gol do Uruguai.
A sequência de jogo teve os uruguaios trocando passes, com o Estádio Centenário gritando "olé". Para eles, uma façanha, já que nem mesmo a geração de Forlán, Suárez e Cavani havia conseguido o feito de superar o Brasil. A Seleção de Diniz ainda tentou descontar com Raphael Veiga e Matheus Cunha em campo, mas sem êxito.
Fonte: GZH
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