A comunidade leopoldense participou de mais um importante momento de implantação do Câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul) em São Leopoldo. O instituto oferece cursos técnicos integrados ao Ensino Médio.
A segunda audiência pública para conhecer o modelo de inserção da instituição no município ocorreu nesta quinta-feira (5),, no Ginásio Municipal Celso Morbach, junto à Mostra de Tecnologia e Inovação com Ciências (Motic).
A audiência consolida uma luta para a implantação do IFSul em São Leopoldo, que teve início em 2008, de acordo com o prefeito Ary Vanazzi. “Vai ser um avanço extraordinário para nossa cidade, para esta juventude que está aqui, para este jovem que vai ter a abertura de fazer um ensino fundamental linkado ao ensino médio, ressaltou o prefeito.
A prefeitura destinou a área do Centro de Eventos, na avenida São Borja, para a construção do câmpus. “Uma estrutura magnífica, uma das melhores estruturas que o IFSul já recebeu em termos para começar uma escola”, disse o professor Alexandre Pitol, um dos responsáveis pela implantação do Instituto Federal em São Leopoldo, durante a apresentação da instituição e dos possíveis cursos.
Serão contemplados inicialmente quatro eixos tecnológicos de ensino: Controle e Processos Industriais; Tecnologia da Informação; Infraestrutura; e Saúde.
No espaço será realizada uma reforma da estrutura já existente, além da construção de um prédio novo. A obra do bloco multiuso está orçada em R$ 10 milhões para 3 mil m² de área construída, com laboratórios, sala de informática e biblioteca. O investimento inicial entre obras e equipamentos previsto é de R$ 25 milhões do Ministério da Educação. “Se formos juntar com o valor estimado da doação do Centro de Eventos pela prefeitura, pela comunidade leopoldense, teremos o aporte de quase R$ 50 milhões para começar uma escola de tecnologia”, contabiliza Pitol. De acordo com o professor o cronograma de implantação é definido pelo MEC, junto com a aprovação das leis específicas no Congresso Nacional. A expectativa é começar em 2025.
Para a definição dos eixos de ensino, segundo Pitol, foram levados em consideração as características do município, como possuir um Parque Tecnológico avançado, Polo Industrial diversificado, taxa de urbanização elevada, indústrias de alta e média tecnologia “que demandam pessoas cada vez mais capacitadas, mais preparadas não para apenas apertar um botão, mas entender onde está inserida naquele processo produtivo. São relações muito mais profundas que tem de ser desenvolvidas”.
O IFSul já atua em parceria com a Prefeitura de São Leopoldo através de ações do Câmpus Sapucaia, em convênios que ofertam Cursos de Formação Inicial Continuada (FIC).
O município foi um dos cinco gaúchos contemplados com novos espaços do IFSul. O Câmpus São Leopoldo deve atender mais de 1,4 mil estudantes, no auge da operação, com cursos gratuitos que, inicialmente, serão voltados aos setores metalmecânico e tecnologia da informação. Serão 70 professores, 45 servidores administrativos e 20 terceirizados.
O reitor do IFSul, professor Flávio Luis Barbosa Nunes, destacou o entusiasmo da comunidade leopoldense para receber o instituto. “Aqui em São Leopoldo a gente sente a vontade das forças vivas da cidade para estar recebendo esse bem público que vai, com certeza, a desenvolver ainda mais território”, finalizou.
As demandas apresentadas pelos presentes serão consideradas na estruturação dos cursos a serem ofertados.
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