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Análise das queimadas do Pantanal: governo federal destina mais de R$ 137 milhões para combate a incêndios na região

Imagem: Bruno Rezende/ GOV do MS.

Entre janeiro e junho deste ano, a área queimada no Pantanal aumentou em 529%, isto é, foi mais de seis vezes maior do que a média do mesmo período dos anos anteriores, de acordo com dados do MapBiomas, divulgado nesta sexta-feira (12). Cerca de 468 mil hectares foram tomados pelo fogo.


Ainda de acordo com o MapBiomas o Pantanal possui uma área degrada que pode variar até 800 mil hectares (6,8%) até 2,1 milhões de hectares (quase 19%). Embora seja um bioma que convive com o fogo, a incidência de incêndios nos últimos cinco anos fez com que 9% das formações florestais no Pantanal, que são áreas sensíveis ao fogo, tenham sido prejudicadas.   


O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta, que inunda de período em período historicamente. Nas últimas décadas, no entanto, o bioma foi o que mais secou, com redução de 61% de redução da superfície de água.


A pesquisa destaca que “os últimos meses de 2023 já apresentaram uma seca equivalente aos anos de 2020 e 2021, que foram os anos mais secos já observados desde 1985, além da superfície de água abaixo da média dos últimos 6 anos”.


Em 2024 e os incêndios começaram mais cedo que o previsto. Em apenas seis meses, 468.547 hectares do bioma foram atingidos pelo fogo — área com mais queimadas possui um tamanho de três vezes o município de São Paulo. Entre janeiro e junho, a área queimada é o dobro da registrada no mesmo período do ano passado.


O Mato Grosso do Sul, foi o terceiro estado mais afetado pelo fogo, apenas em junho deste ano já registrou a maior área queimada do Brasil com 369 mil hectares. Mais de 80% foram no município de Corumbá (MS), que é o município com maior recorrência de queimadas. O Pantanal queimou 8,9 milhões de hectares entre 1985 a 2023, o que correspondente a 59% do bioma. Destes, 7,2 milhões de hectares (73%) queimaram duas ou mais vezes.


Governo federal destina mais de R$ 137 milhões para combate a incêndios no Pantanal


Nessa sexta, o presidente Lula editou a medida provisória publicada no Diário Oficial da União prevê recursos para três ministérios atuarem no enfrentamento aos focos de queimada na região. O governo já havia destinado outros R$ 100 milhões por meio de portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento.

Imagem: Bruno Rezende/ GOV do MS.

A medida prevê crédito no valor de R$ 137.638.217,00 (cento e trinta e sete milhões, seiscentos e trinta e oito mil, duzentos e dezessete reais), em favor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Ministério da Defesa.


A medida é adotada para atender as ações emergenciais de combate ao aumento do número de focos de incêndio e da área queimada na região do Pantanal, além da crítica escassez hídrica que afeta a região. Já são mais de R$ 237 milhões em recursos disponibilizados para o enfrentamento da crise no Pantanal.


Do valor total de mais de R$ 137 milhões, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima receberá R$ 72,3 milhões. O volume de recursos será distribuído nas ações de combate aos incêndios florestais, no âmbito do IBAMA e do ICMBIO, com a contratação de brigadistas, a aquisição de equipamentos de proteção individual e de combate, pagamento de despesas de diárias e passagens e locação de meios de transporte, terrestre e aéreo.


Para o Ministério da Justiça e Segurança Pública são R$ 5,7 milhões distribuídos entre o Departamento de Polícia Federal e o Fundo Nacional de Segurança Pública - FNSP . O recurso deve ser aplicado em atividades diversas como abastecimento de viaturas e aeronaves e manutenção, disponibilização de geradores de energia elétrica, helicópteros e aviões, instrumentos de comunicação, além de despesas com diárias e passagens aéreas.


Já o Ministério da Defesa contará com R$ 59,7 milhões para o apoio às atividades das Forças Armadas, como aquisição de bens de consumo e de investimento, além da contratação de serviços e demais necessidades referentes às operações de comando e controle, e de logística, para atuação na região.


Fontes: CNN Brasil e governo federal





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