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Acordo aproxima Bolsonaro do Partido Liberal; PP deve ficar com vice e comando da Câmara


Presidente Jair Bolsonaro rodeado por parlamentares do PP e do PL durante entrega da MP do Auxílio Brasil, em agosto. | Imagem: Cleia Viana./ Câmara dos Deputados.

O PL (Partido Liberal) virou o jogo nos últimos dias e está mais próximo de conseguir a filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido-RJ) e seu grupo político. Há duas semanas, Bolsonaro tinha dito a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que ia se filiar ao partido, mas o PP (Partido Progressista) fez pressão e a decisão do presidente ficou novamente suspensa.


O presidente está há dois anos sem partido e é cobrado constantemente por uma definição para viabilizar também as negociações de palanques estaduais na eleição de 2022.


O que mudou nos últimos dias? Os dois partidos e o presidente fizeram diversas negociações. O entorno bolsonarista verificou que cresciam os rumores de um desembarque do PL caso o presidente não se filiasse à legenda. Os dois partidos passaram a se estranhar nos bastidores, mas o medo de perder o PL da base de apoio mexeu com o jogo.


Com isso, PP e PL passaram a negociar e, para acomodar os diferentes interesses, a expectativa é que o PP indique o vice para a chapa em que Bolsonaro vai disputar a reeleição. Além disso, em caso de vitória, o PP quer apoio para que o partido continue na presidência da Câmara dos Deputados.


Antecedentes


No dia 25 de outubro, Costa Neto gravou um vídeo convidando Bolsonaro para o partido. "Estamos reiterando o convite de filiação partidária dirigido ao presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e fiéis seguidores da causa brasileira sob sua liderança", afirmou Costa Neto, nas imagens. Aliados de Bolsonaro avaliam que o vídeo, na verdade, foi uma espécie de ultimato.


Em seguida, naquele dia, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ainda escreveu um tuíte para agradecer o convite de Costa Neto, mas disse que "aguardava" a decisão do pai, o presidente Jair Bolsonaro, e que o futuro partidário "também pode passar pelo PP". A mensagem foi lida no PL como um balde de água fria e um sinal de que o PP poderia ganhar a disputa.


Em entrevista ao Pânico, dias atrás, Bolsonaro reforçou o nome do PP: "Eu tenho que ter um partido de qualquer maneira. Eu não sei se vou disputar eleição ou não. Está cedo ainda. Hoje em dia está mais para PP ou PL. Me dou muito bem com os 2 partidos. Fiquei no PP uns 20 anos. A decisão passa por aí. Agora, converso com as lideranças desses partidos", disse.


Agora, porém, o PL parece levar nova vantagem. Mas como o presidente é tido como imprevisível, integrantes do PL só garantem a filiação quando ela for anunciada por Bolsonaro.


Fonte: Uol

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