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22 empresas da Bolsa de Valores tiveram lucros maiores que R$ 1 bilhão no 2° trimestre; veja a lista

Imagem: Marcos Serra Lima/ g1.

No segundo trimestre de 2024, 22 empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, registraram um lucro líquido superior a R$ 1 bilhão, segundo levantamento de Einar Riveiro, da Elos Ayta Consultoria.


A empresa que aparece em primeiro lugar é a Oi, com um lucro de R$ 15 bilhões. Esse número, no entanto, é um efeito contábil, decorrente da aprovação do plano de recuperação judicial da companhia, não tem efeito no caixa e não significa que a empresa está restabelecida.


Na segunda colocação está a Vale, que tem sua receita e lucro totalmente relacionados à produção e exportação de minério de ferro. O lucro líquido da companhia entre abril e junho foi de R$ 14,6 bilhões.


Ainda, olhando para o "top 10" das companhias com os maiores lucros, sete delas são do setor financeiro, com seis bancos e uma seguradora.


Veja, abaixo, a lista das 22 empresas com os maiores registros de lucro.


  1. Oi, do setor de telecomunicações, com lucro de R$ 15,06 bilhões;

  2. Vale, do setor de mineração e siderurgia, com lucro de R$ 14,592 bilhões;

  3. Itaú Unibanco, do setor de bancos, com lucro de R$ 9,895 bilhões;

  4. Banco do Brasil, do setor de bancos, com lucro de R$ 8,965 bilhões;

  5. Bradesco, do setor de bancos, com lucro de R$ 4,716 bilhões;

  6. Itaúsa, do setor de bancos, com lucro de R$ 3,3762 bilhões;

  7. Santander, do setor de bancos, com lucro de R$ 3,247 bilhões;

  8. BTG Pactual, do setor de bancos, com lucro de R$ 2,823 bilhões;

  9. Ambev, do setor de cervejas e refrigerantes, com lucro de R$ 2,396 bilhões;

  10. BB Seguridade, do setor de seguros, com lucro de R$ 2,143 bilhões;

  11. Eletrobras, do setor de energia elétrica, com lucro de R$ 1,74 bilhão;

  12. JBS, do setor de carnes e derivados, com lucro de R$ 1,715 bilhão;

  13. Cemig, do setor de energia elétrica, com lucro de R$ 1,688 bilhão;

  14. CSN Mineração, do setor de mineração e siderurgia, com lucro de R$ 1,507 bilhão;

  15. WEG, do setor de motores e compressores, com lucro de R$ 1,442 bilhão;

  16. PetroRio, do setor de petróleo, com lucro de R$ 1,420 bilhão;

  17. B3, do setor de serviços financeiros, com lucro de R$ 1,244 bilhão;

  18. Telefônica Brasil, do setor de telecomunicações, com lucro de R$ 1,222 bilhão;

  19. Sabesp, do setor de saneamento básico, com lucro de R$ 1,209 bilhão;

  20. Eneva, do setor de energia elétrica, com lucro de R$ 1,067 bilhão;

  21. CPFL Energia, do setor de energia elétrica, com lucro de R$ 1,051 bilhão;

  22. Raízen, do setor de agricultura, com lucro de R$ 1,050 bilhão.


Efeito contábil no balanço da Oi


O lucro no balanço da Oi, que a coloca com a empresa que mais lucrou no trimestre, na verdade, é consequência direta da aprovação do plano de recuperação judicial da companhia pelos seus credores.


Esse plano, referente à segunda recuperação judicial consecutiva da operadora, forneceu à Oi um desconto de cerca de 70% em todas as suas dívidas com credores, por meio de medidas como redução nos valores devidos, conversão das dívidas ema ações da empresa e parcelamentos.


Todas essas medidas resultaram num "desconto" de quase R$ 15 bilhões para a Oi em sua dívida no último trimestre, o que apareceu no resultado da companhia como lucro.


O valor, porém, é apenas contábil. Ou seja, não significa que, naquele período, a operadora conseguiu lucrar e manter no caixa da empresa os bilhões registrados.


Por que os bancos têm os maiores lucros?


O setor financeiro sempre está na lista dos maiores lucros das empresas brasileiras, um reflexo da "robustez e resiliência do setor no Brasil", comenta o especialista em mercado financeiro Daniel Moura.


"Os bancos geralmente possuem diversas fontes de receita, como juros sobre empréstimos, taxa de serviço, operações de câmbio, corretagem, gestão de ativos. Essa diversificação permite que os bancos, mesmo em cenários diferentes, mantenham uma boa lucratividade e tenha uma boa performance", explica Moura.


O analista de investimentos Vitor Miziara compartilha da mesma visão e destaca que, no país, as instituições financeiras estão entre as maiores companhias em valor de mercado. Dessa forma, "se o valor da empresa é muito alto, as receitas e, consequentemente, lucros, também serão".


Miziara ainda destaca que, no atual cenário econômico – com a Selic, taxa básica de juros, ainda muito elevada, em 10,50% ao ano – os bancos conseguem lucrar mais com o spread bancário, uma taxa que representa a diferença de valor entre o custo do dinheiro para a instituição e as taxas dos empréstimos fornecidos pelo banco.


"A alta de juros aumenta a procura por produtos de renda fixa, pois de fato ficam mais atraentes, com isso os bancos captam mais recursos com custos mais baixos e repassam a taxas maiores para os clientes", pontua Moura.


Por fim, o especialista afirma que os esforços feitos pelo setor bancário, com destaque para os investimentos em tecnologia, com o objetivo de redução de custos e maior eficiência operacional, têm surtido efeito.


Fonte: g1

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